Eduardo Freitas — OMAGALERIA

EDUARDO FREITAS

Eduardo Freitas (1990, Ponta Grossa - PR, Brasil) é artista e pesquisador. Em 2017 decidiu mudar-se de país na expectativa de encontrar novos estímulos para o seu processo criativo. Vive em Portugal desde então. O artista, que na sua infância e juventude, conviveu e trabalhou na indústria de restaurantes, traz para o seu trabalho artístico o imaginário da comida, os rituais comensais, a partilha de refeições, e o ato de comer e cozinhar como ações artísticas. Nesta abordagem, reflete a sua experiência pessoal em diálogo com as memórias, histórias e lugares do "outro".
É doutorando no curso de Arte Contemporânea na Universidade de Coimbra (Bolsa FCT), e mestre em Práticas Artísticas em Artes Visuais (2019), pela Universidade de Évora. No Brasil, cursou Escultura na Escola de Música e Belas Artes do Paraná (2012), e especializou-se em Poéticas Visuais (2014), na mesma instituição.
Recebeu prêmios em concursos de arte, incluindo a Bienal Jov’Arte 2023 de Loures; 24º Salão de Arte de Praia Grande - SP; 45º Salão de Arte Luiz Sacilotto - SP; 48º Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba - SP; 5º Salão Nacional de Cerâmica - PR; 3º Salão de Arte Contemporânea de Ponta Grossa - PR; 14º Salão Nacional de Arte de Jataí - GO; 3º SESI Arte Contemporânea - PR, e menção honrosa no 4º Salão Nacional de Cerâmica - PR. Em 2016, foi selecionado para a Mostra Bienal Caixa de Novos Artistas, mostra itinerante que percorreu as galerias da Caixa Cultural, em sete capitais do Brasil.

CV
download

TEXTOS
download

WEBSITE
-

OBRAS DISPONÍVEIS
Acervo OMA

︎

Cem em pregos, 2022. Cerâmica vidrada e pratos de porcelana. Acervo da Câmara Municipal de Loures.

En.talho, 2021. Mármore, calcário, vidro e metal, dimensões variáveis.

Caracóis à Portuguesa, 2018. Porcelana vidrada e prato de barro, dimensões variáveis. Coleção particular.

Ossos do Ofício, 2016. Perfomance realizada na Capela dos Ossos da Igreja de São Francisco em Évora, Portugal.

Aparato para Domesticar Curvas, 2016. Cerâmica pintada com ferrugem e varão de aço, 220 x 50 x 175 cm. Acervo do Museu de Arte Contemporânea do Paraná.

Puxadores de tensão II, 2016. Cerâmica, varão de aço, cabos de aço, prego e puxadores de metal, dimensões variáveis. Acervo da Prefeitura Municipal de Piracicaba e da Prefeitura Municipal de Santo André.

Gambiarras para Deformar Geometria, 2014. Martelos e objetos geométricos de cerâmica, fio elástico e pregos, dimensões variáveis. Acervo da Prefeitura Municipal de Praia Grande.

Pão Duro, 2022 (Pôr no prego qualquer importância para levantar um pão). Cerâmica, saco de papel, prego e notas de dinheiro depositadas pelo público.

Assentos para Sólidos Moles, 2013. Almofadas de cerâmica e objetos geométricos de silicone, aprox. 40 x 40 x 15 cm cada peça. Acervo da Prefeitura Municipal de Praia Grande.

Dúbios, 2012. Cerâmica e pregos, dimensões variáveis. Acervo do Museu de Arte Contemporânea de Jataí.

“Eduardo Freitas inspira-se na anatomia, na gastronomia e no mundo do trabalho da restauração para realizar as suas propostas criativas que cruzam diferentes formas de expressão, congregando simultaneamente as artes visuais, a arte multimédia e a performance. O artista, que na sua infância e juventude, paralelamente aos seus estudos artísticos, conviveu e trabalhou na indústria de restauração, traz para o seu trabalho criativo essas vivências e memórias. Muitas vezes, os elementos da gastronomia são antropomorfizados, ou os órgãos humanos são transformados em alimentos salientando, de um modo metafórico e irónico, a fragilidade, inconstância e finitude da vida humana. O seu trabalho de investigação e prática artísticas pode ser entendido como uma tentativa de compreender, traduzir e explanar o mundo social cada vez mais globalizado em que vivemos, analisando, revendo e recriando conceitos e práticas do universo da restauração e da arte com os quais as pessoas estão familiarizadas e que não questionam.”

Teresa Veiga Furtado e Vítor Gomes

Eduardo Freitas (1990, Ponta Grossa - PR, Brazil) is an artist and researcher. In 2017, he decided to move country in the hope of finding new stimuli for his creative process. He has lived in Portugal since then. The artist, who in his childhood and youth lived and worked in the restaurant business, brings to his artistic work the imagery of food, the commensal rituals, the sharing of meals, and the act of eating and cooking as artistic actions. In this approach, he reflects his personal experience in dialogue with the memories, stories and places of the "other". He is a PhD candidate on the Contemporary Art course at the University of Coimbra (FCT Scholarship), and master in Artistic Practices in Visual Arts (2019), from Évora University. In Brazil, he studied Sculpture at the School of Music and Fine Arts Artes do Paraná (2012), and specialized in Visual Poetics (2014), in the same institution.